segunda-feira, 29 de novembro de 2010

AGRADECIMENTO AOS LEITORES

Agradeço imensamente a todos os leitores e seguidores do SHE WOLF que nesses quatro primeiros meses de blog vieram me brindar com suas visitas e comentários.
Nesse tempo vocês fizeram parte da minha vida, foram os ouvidos e ombros de que tanto precisei. As visitas e comentários fizeram com que eu me sentisse menos só nesse imenso universo.
A presença de cada um de vocês me incentivou a continuar estudando, buscando novas inspirações e ampliando a veia criativa. Espero que tenham se identificado e se emocionado com meus textos tanto quanto eu no momento da produção de cada um.
Espero poder continuar contando com a colaboração de vocês para os próximos meses, para, juntos, deixar este blog cada vez melhor.

Xoxo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A verdade sobre Peixes.

Peixes, o décimo segundo e último signo astrológico do zodíaco; um dos três signos cujo elemento é água, junto com câncer e escorpião e, também signo do grupo da mutabilidade, junto com gêmeos, virgem e sagitário.
Os piscianos são os nascidos entre 20 de fevereiro e 20 de março, regidos pelo planeta Júpiter, cujo símbolo é a figura de dois peixes interligados que representa Afrodite, a deusa do amor e da beleza, e seu filho Eros que, para escaparem do gigante Tifón caem nas águas do rio Eufrates.
A principal característica de um pisciano é a compaixão, a empatia e a emoção. Somos seres sociais e adoramos nos envolver de modo intenso e profundo com todos que nos rodeiam, seja na amizade, seja no amor.
Por esse motivo nosso universo é considerado sem fronteiras. Somos pessoas de fácil adaptação e nos sentimos bem em qualquer lugar. Alias a flexibilidade também é uma característica bastante forte nos nascidos sob este signo.
Também somos muito intuitivos, sensíveis, tocados pela linguagem musical ou qualquer outra expressão artística criativa; tudo que ilustre as emoções humanas. Pisciano é aquele que consegue apontar o divino em cada um dos seres.
As qualidades de peixes são: humanidade, atenção, romantismo, percepção espiritual, compreensão psíquica, insight filosófico; o pisciano se dedica de modo integral e com perfeição a tudo que faz e geralmente consegue grandes êxitos graças a isso.
Como defeitos, no entanto, temos a timidez em excesso, apreensão, auto-estima baixa, insegurança, masoquismo, ciúmes, impaciência e intolerância quando os planos não saem exatamente como queremos.
O amor é tido como desinteressada submissão do ego aos desejos da pessoa com quem se deseja formar o todo. O pisciano sente maior prazer dando do que recebendo, mais felicidade em servir do que em ser servido. Para nós o amor é uma necessidade.
Ficamos confusos quando não encontramos o objeto de amor. Sem amor concreto ficamos em um estado de sentimentalismo, dado a humores oscilantes e tendendo a dramatizar as emoções.
O beijo do pisciano é inteiramente devotado à pessoa amada; é um beijo-doação, em que procura proporcionar o máximo de sensações, prazeres, sabores e calores. Um beijo delicioso que nunca se repete, mas se supera a cada nova experiência.
No sexo o pisciano pode não ser completamente performático, mas é de uma intensidade invejável e não têm pudores para tentar novas e divertidas experiências. Com seu jeito tímido e romântico pode não parecer, mas é capaz de levar a pessoa amada às alturas.
Para conhecer melhor um pisciano basta chegar com atitude firme, uma flor ou um poema romântico; para conquistá-lo basta carinho e atenção, mas cuidado, somos de cristal e, se formos quebrados, pode ser que também ganhe alguns cortes.

Xoxo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

TWENTY-FOUR / FIVE

1° mês:
O amarelo cálido do Sol aos poucos vai sumindo no horizonte.
Surge então um céu cinzento e atemporal.
O vento começa a soprar de forma fraca, porém constante.
As primeiras sensitivas do caminho começam a se fechar.

2° mês:
As flores mais coloridas derrubam suas pétalas de veludo.
A gramínea que as circundam torna-se frágil e amarelada.
O orvalho se instala nas folhas das árvores afogando-as.
Aqui e ali se percebe o empobrecimento do solo.

3° mês:
O cantar dos pássaros vai aos poucos dando lugar ao nada.
O revoar das borboletas e libélulas não existe mais.
Até os mais fortes recuam ao seu reservado esconderijo.
E por toda parte, dos bichos não se ouve sequer um suspiro.

4° mês:
Apenas o som do vento é audível.
Os animais parecem pressentir a tempestade.
A temperatura cai quase que imperceptivelmente.
O céu cinzento se torna cada vez mais denso e nebuloso.

5° mês:
Todas as folhas estão dispersas na terra.
Por todos os lados vêem-se apenas galhos secos.
Nuvens chumbo derramam suas lágrimas lentamente.
Plantas rasteiras foram cobertas pelos primeiros flocos de neve.

6° mês:
O gelo sobrepõe-se a tudo e deixa uma paisagem desértica.
Formas conhecidas emolduradas pela frieza e palidez.
Nada se ouve, nada se move, nada se espera.
Deserto em gelo; aguardas uma nova estação?


Xoxo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quero é paz !!!


Quero paz e tranquilidade para meu coração para que possa esperar por um futuro melhor... E Positive Vibrations ever (como diria a doce #Elai).


Xoxo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E se...

Unintended - Muse.

You could be my unintended choice
To live my life extended
You could be the one i'll always love

You could be the one who listens
to my deepest inquisitions
You could be the one i'll always love

I'll be there as soon as i can
But i'm busy
Mending broken
Pieces of the life i had before

First there was the one who challenged
All my dreams and all my balance
She could never be as good as you

You could be my unintended choice
To live my life extended
You should be the one i'll always love

I'll be there as soon as i can
But i'm busy mending broken
Pieces of the life i had before

before...

http://www.youtube.com/watch?v=CJDAmXHHfuM


Xoxo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Da desventura.

“Triste é viver na solidão
(...)
Triste é saber que ninguém pode viver de ilusão
Que nunca vai ser, nunca vai dar
O sonhador tem que acordar”

(Tom Jobim)



Morte, querida morte. Você que ronda meus dias trágicos, mostrando-se como brilho de apaziguamento e redenção. Por que me cercas, mas não me tomas? Por que me seduz, mas não me satisfaz?
Deste mundo em que me encontro já não tenho anseios nem desejos. Já não sinto frio, já não sinto fome. Sinto apenas meus olhos turvos e meu corpo cansado dessa existência nefasta e sem sentido.
Morte, querida morte. Você que rodeia meus pensamentos mostrando-se como solução para minhas dúvidas e remédio para minhas dores. Por que não me brindas em definitivo com sua presença? Por que não me cedes sua companhia eterna?
Desta situação em que me vejo já não tenho mais sonhos nem esperanças. O coração que teimou em bater por tanto tempo (apanhar, na verdade) agora não possui mais forças para continuar.
A solidão corre em minhas veias tal qual veneno, suga minha energia e pesa em minha alma me deixando pálida, seca, amarga. O momento que tanto se posterga deve finalmente chegar. Tomada, brindada, satisfeita eternamente.
Morte, querida morte...


Xoxo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aquele sobre a sensibilidade...

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
(Cecília Meireles)

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
(Fernando Pessoa)

Xoxo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O peso do mundo.

Do fardo que levas agora
Tu sabes a origem que tem
Deixaste que entrasse em tua vida
Portas abertas, sem indagar quem.

Do fardo que levas agora
Pesado, enverga-lhe totalmente
Rouba até mesmo tuas forças
Abandona inclusive tua mente.

Do fardo que levas agora
Quisera poder se furtar
Leva o peso do mundo em tuas costas
Não te deixa sequer respirar.

Do fardo que levas agora
Até mesmo em sonhos incomoda
Não permite que liberte teus ombros
Defeso é o tempo de poda.

Do fardo que levas agora
Que te proporciona somente o mal
Quando irá se livrar?
Necessário chegar ao final.


Xoxo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

10 coisas.

10 Coisas que amo 
1)      Balada com os amigos
2)      Festa surpresa de aniversário
3)      Boa música e roda de violão
4)      Happy hour em fim de tarde
5)      Churrasco com piscina no final de semana
6)      Cinema com pipoca
7)      Um bom livro para ler
8)      Escrever para espantar os fantasmas
9)      Beijos e carícias de arrepiar
10)   Dormir e acordar ao lado de quem se ama.

10 coisas que odeio.
1)      Lavar louças grudadas e gordurosas
2)      Ficar em casa no final de semana
3)      Café frio e cerveja quente
4)      Banho frio no inverno
5)      Atrasos com relação a horários
6)      Internet caindo toda hora
7)      Chuva por vários dias seguidos
8)      Música péssima no volume máximo
9)      Pessoas falsas / mentirosas
10)   Viver só.


Xoxo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cedo demais.

Sem parar pra pensar
Simplesmente me deixei levar
O olhar mais sincero
O sorriso mais bonito
O beijo mais doce

Fui entregando de bandeja
Minha alma e corpo
O toque mais carinhoso
O abraço mais terno
O calor mais intenso

Mas como a luz no fim do dia
Seu ciclo em minha vida terminou
O olhar se apagou
O sorriso se fechou
O beijo se calou

Assim como houve chegada
Essa é a vez da partida
O toque estremeceu
O abraço se perdeu
O calor arrefeceu

O tempo terminou
É hora de dizer adeus
Sem lutas e sem chances
O destino te sopra pra longe
Perdi.


Xoxo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Maria Gadú

Amanhã terá um show da cantora e compositora Maria Gadú aqui na minha cidade.
Estou muitíssimo ansiosa para vê-la, já comprei o ingresso a mais de três semanas e desde então o cd não sai do meu player.
Tenho certeza que valerá cada centavo gasto, e que iria me arrepender de tivesse de faltar a este evento.
Para aplacar um pouco a ansiedade resolvi colocar aqui uma pequena biografia da cantora e citar as 5 musicas que mais aprecio.

Mayra Corrêa Aygadoux mais conhecida como Maria Gadú , paulistana foi introduzida à prática musical ainda na infância.
Aos 7 anos de idade, já gravava músicas em fitas cassetes. Fez poucos meses de aulas de violão, longe do suficiente para ler partituras, mas o possível para compor através da prática. Fez desde os 13 anos shows em bares e festas de família em sua cidade de São Paulo.
Mudou-se para o Rio de Janeiro no início de 2008, quando começou a tocar em bares da Barra da Tijuca e da Zona Sul. Sua carreira passou a ter ascensão ao despertar atenção de famosos ligados ao meio musical, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, João Donato, dentre outros.
Maria Gadú ganhou destaque ao interpretar "Ne me quitte pas", de Jacques Brel, para o diretor Jayme Monjardim, que estava em fase de pré-produção da minissérie Maysa - Quando Fala o Coração. A versão de Gadú, logo, foi incluída na trilha sonora da minissérie que estreara em janeiro 2009, na qual a cantora, ainda, fez uma participação especial como atriz.
No início de 2009, aos 22 anos de idade, Maria Gadú preparava seu primeiro álbum, homônimo, lançado pelo selo SLAP, da gravadora Som Livre, e produzido por Rodrigo Vidal. Além disso, iniciou uma temporada de shows no Cinemathèque, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Após o lançamento do álbum em meados de 2009, a cantora, rapidamente, foi ganhando espaço na mídia brasileira. A canção "Shimbalaiê", foi incluída na trilha sonora de mais uma produção da TV Globo, a novela Viver a Vida. Ne me quitte pas foi regravada e, junto com "A história de Lilly Braun", está na trilha sonora da minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva.
O público em geral compartilha o sentimento de que está diante de uma cantora e compositora de verdade, presenciando o nascimento de um novo talento, não conseguem compará-la a nada. Maria é diferente de tudo o que já viram.
Quando Gadú sobe ao palco, qualquer desavisado pode achar que ela faz parte de uma nova onda rock´n´roll, meio punk, meio indie. Ousada, ela parece mesmo que vai chegar na marra, cheia de atitude; mas basta abrir a boca, para a cantora mostrar suavidade em forma de MPB, com tudo muito próprio: letra, música e voz. Este contraste surpreende e seduz.
Talvez isso explique um pouco Maria Gadú. Mas ninguém quer saber de entender. Melhor prestar atenção e deixar acontecer.
(fonte, Wikipédia e www.mariagadu.com.br )

5 músicas que mais gosto:
1)      Tudo diferente
2)      Altar particular
3)      A história de Lily Broun
4)      Escudos
5)      Bela flor.


Xoxo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O teatro.

Como mero expectador inocente e desconhecedor do espetáculo que ocorrerá dirijo-me ao interior aconchegante de uma sala de teatro do século XVIII.
Os corredores são largos, poltronas confortáveis, ambiente suficientemente acolhedor para que ali você não se sinta mal ao entregar duas preciosas horas de sua vida.
O atendente, um rapaz muito educado, se oferece para me guiar até o assento marcado no ingresso e, posteriormente, guardar meu casaco e cartola, que lhe entrego sem resistência.
Em seguida, após ter me instalado no local determinado, preparo-me para assistir ao que está por vir, ainda sem saber se a peça será um drama, comédia ou romance.
Cortinas vermelhas de veludo abrem-se lentamente, revelando pouco a pouco a atriz, uma mulher nua, que se encontra em pé, na posição de Cristo crucificado, no meio do palco.
Tem-se início o primeiro ato; a trama de excelente qualidade e o texto escrito com esmero é capaz de prender a atenção de qualquer ouvinte.
Penso tratar a peça de um romance; descrições de afeto, beijos e carícias ardentes o confirmam, palavras de amor o corroboram.
Eu, no entanto, iludido pela nudez da personagem, creio que o que ali se passa é tudo verdade, deixando-me levar pelas falas melodiosas.
Cortinas são fechadas e abertas, tem-se início o segundo ato, e eu, envolvido pelo sentimento que a atriz revelava anteriormente não entendo porque agora me despreza.
Sinto então que passo a uma comédia, onde o tema principal são meus sentimentos, jogados, maltratados, denegridos, e, como resultado, todos ao redor destilam risos convulsivos.
Chega então o ato final, a atriz parece sofrer com essa nossa separação, ou seria apenas a personagem? Percebo que é chegado o momento do drama.
Já envolto em lágrimas e dor não consigo mais notar se o que vejo é o espetáculo ou se é minha vida usada como roteiro para diversão alheia.
Fecham-se as cortinas, termina a peça, é chegada à hora de partir e deixar tudo para trás. Só agora sou capaz de concluir que aquilo tratava mesmo de uma tragédia. E creia, eu paguei por isso.


Xoxo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A tal da Arca...

Creio que todos já ouviram falar da Arca de Noé; contadas por religiosos e cineastas, com diversas versões e detalhes variantes, mas ao final das contas a idéia é sempre a mesma: de que para todas as coisas do mundo existe sempre um par.
 Aham.
Então depois de passado o tempo da criação Deus estava em sua casa, sentado na varanda, sem nada para fazer, nada para organizar, completamente entediado, e aí resolveu fazer uma limpeza num dos mundinhos que Ele havia recentemente terminado.
Começou com um paninho seco, uma vassoura; mas como achou que iria demorar demais e que na verdade poderia ter escolhido uma atividade bem menos trabalhosa que esta, ligou para seu assistente e pediu para liberar logo de vez a mangueira d’água. Bem mais fácil.
E aqui começa toda a história...
- O Zé...
- Noé, senhor. (voz resignada; estranho seria se Deus acertasse seu nome).
- Que seja! Faz uma coisa, pega lá a mangueira que vou dar uma lavadinha naquele planeta novo, ok?
- Claro. O senhor prefere a verde de jardim, ou a amarela com ponta especial para limpeza de fachadas? Quer que eu busque também o sabão, álcool e demais produtos de limpeza? (em tom irônico, claro, visto que já conhecia muito bem a preguiça do mestre).
- Falando assim você até me desanima Zé...
- Noé, senhor. (começando a se irritar).
- Que seja! Já que você entende tanto do assunto, faça lá o serviço por mim, sim.
Pelo tom da conversa já podemos antever o estrago, não?
Não que Noé fosse um mau funcionário, ao contrário; mas é que depois de um tempo sendo tratado com indiferença, salário atrasado, nenhum beneficio e ainda morando no deserto a pessoa se estressa.
Pois bem, ele resolveu fazer uma limpeza ao estilo ‘salão de festa no dia seguinte’. Simplesmente iria afastar todos os móveis, levantar uma coisinha aqui e ali e mandar bala, quer dizer, água.
Enquanto pensava nas coisas que deveriam ser postas em seu lugar depois da limpeza, das coisas que deveriam ser preservadas e nas que deveriam ser jogadas fora, Noé começou sua tarefa nada animadora. Puxa um bote inflável e começa a arrumação.
Um casal de gramíneas, um casal de flores silvestres, um casal de árvores frutíferas; e assim já forma-se um jardim. Um casal de vírus, um casal de moscas e um casal de ratos selvagens; e dá-se a turma da contaminação.
Além disso, como já estava se acalmando e queria agradar o chefe e alegrar o ambiente, ainda reservou um casal de gatos de estimação, um casal de elefantes acrobatas e um casal de papagaios cantores.
Jurando que era organizado e caprichoso, resolveu deixar também uma contribuição para a humanidade: um casal de políticos, um casal de mendigos e um casal de humoristas de TV.
Noé então liga a mangueira d’água e sai para conferir outros detalhes...
- Zééé... Já terminou?
- Ainda não Senhor. (e meu nome é Noé, trouxa; murmura de lado).
Cinco minutos depois...
- E agora?
- Ainda não, Senhor. O trabalho é grande e cheio de detalhes. (diz em tom silabicamente marcado e bastante perturbado).
Dez minutos depois...
- Agora você terminou?
- Já... Terminei (e murmura: Cansei! Que se dane tudo!).
Definitivamente, assim não é possível evitar o estrago.
Para que tudo ficasse aparentemente pronto em tempo recorde, antes que Deus resolvesse conferir o serviço, Noé aumentou o fluxo da água e jogou sabão para todo que é lado, esperando que apenas a força da água fizesse o serviço por ele.
Adivinha...
Em poucos minutos o planeta todo virou uma grande bola de espuma, e o bote inflável que aparentemente deveria conter os itens não dispensáveis dentro, depois de vários movimentos aleatórios desordenados, virou.
Objetos molhados e misturados dançavam agora naquela imensa poça de água e espuma, deixando o aparente trabalho fácil de Noé cada vez mais difícil e estressante. Eis que surge a brilhante solução: puxar a tampa do ralo.
Jogando água no planeta espumante aqui e ali em pouco tempo a espuma já havia sumido e com a sorte de um sol desértico e escaldante em breve os objetos estariam bem sequinhos também.
Melhor ir colocando cada coisa na sua estante, não é?
Meia hora depois... Serviço elogiável.
Noé acreditava que Deus, em sua preguiça infinita, jamais iria se ater aos detalhes, muito menos verificar item por item da gigantesca biodiversidade planetária. Afinal de contas a aparência e a fragrância estavam excelentes.
- Noé, não é mesmo?!
- Sim. (voz trêmula de pânico; se Deus acertou o nome algo não sairia bem disso).
- Trouxe aqui uma listinha básica das minhas criações favoritas, sabe, e adoraria saber do tratamento que foi dispensado a elas.
- Ai... (o tom formal usado pelo mestre piorava ainda mais as coisas).
Deus então caminha lentamente por entre as estantes, verificando item por item, com uma precisão assustadora; com olhos por vezes pasmos, por vezes chateados e a cada poucos minutos tecendo comentários como: ok, ok, serve, ok, ok, passa...
É claro que nem tudo seria perfeito, ainda mais após tantos ‘acidentes’; houveram objetos trincados, alguns manchados, mas ao final os itens de maior importância haviam sobrevivido de modo bastante satisfatório.
Faltava apenas um item a ser verificado...
Sabe aquele objeto, o único feito com esmero e dedicação, ao qual o Criador dedicou horas e horas desde o projeto até a arte final? Então...
- Onde é que foi parar a outra parte da minha melhor criação dos últimos tempos? Onde foi que você enfiou o par da minha obra prima? ONDEEE ?

(E Noé pensa, com um sorriso enviesado: Deve ter escorrido cano abaixo, e ter se dispersado no universo... pobre parte restante, jamais será um par).

Xoxo.